segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Havia uma  vila  de  risos
Para cada parada triste
Haviam motivos mágicos
Enfeites como feitio

Havia mascaras a venda
E, nas varandas lírios vermelhos
Era a reação da poesia ali, na vila
Envolta da vila queimavam labaredas

Cada ser humano, era humano
Tomado de tanta emoção, criavam ...
E na arte de  criar, ainda doavam corações
ao descrentes

Havia fé no lugarejo a solidão do poeta era
falsa
Escreviam canções de ninar, ninar poetas
A poesia, atormentada, não saia a noite sem
adereços

Nos dedos folhetins, coloridos, de versos antigos
De negro vestida, saia a pecar e  beber nos bares
da pequena vila vizinha chamada saudade
Pequenos infernos a procura de culpas e desculpas
para que o poeta voltasse a ser triste ...

A poesia doente, saudosa, da tristeza  do poeta
tornou-se pintura
E nela, lindas molduras esculpidas de estrelas ...
Na lua, a grande exposição,vernissage, de canções
inacabadas

sulla fagundes

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