terça-feira, 6 de novembro de 2012

AÇOITE


AÇOITE

Inspira-se quando respira
Mesmo as cores sendo cinzas
Mesmo no desconforto
A vida é rara

Quando a loucura finge ser
 normal
Perde tempo correndo na viela
escura
Asmática maneira de respirar

O corpo pedindo calma a alma
pedindo reza
O sangue corre nas veias dando
febre
Uma paciência que escolhe-se
O tempo não esquece de cobrar
dívidas, esquecidas, no açoite

sulla fagundes

CHOCOLATE

CHOCOLATE

Na minha despensa tem chocolates
amargos  
Essa herança se faz presente ...
Cuecas na minha cozinha 
Dispenso  meu lado  avesso  
Atrevida aceito, aos quilos, desejos
soprados aos meus ouvidos ... 
Sento em teu colo, á francesa, me dê
um conhaque enquanto acendes teu charuto 

sulla fagundes