quarta-feira, 3 de abril de 2013
SINHA SUJA
Uma vez numa noite varada
Um peixe, espada, que feriu o
mar
um dia, cinzento, que escolheu
dormir mais cedo
Foi um pensamento, que bateu no
no amor
Foi um escravo que carregava a
dama, louca
Era pardo enlouquecedor e, ela
a amada, voava num voal imundo de
indefesa cor
Era cega as auroras em açoites
Foi de dar pena as pernas, lisas,
tão marcadas de chicote
Um idioma, idiota, aos berros no
caminho sem volta
Foi na estação passada o crime do
cansado, apaixonado
Ela morta por um bem, escravo
E, o pardo louco gritava:
_ Te amo
deixe-me pentea-la ...
Na outra vida serei eu o rei, a
acoita-la.. aos beijos
sulla fagundes
01-04-2013
ESPECTADORES MUDOS
Chego, bato á porta
Um abraço, um sorrido
me aponta
E digo:
_ Vim vê-la, nada há de
novo, tudo velho e mofado
Um par de olhos negros e
e face alva, que a tanto
me conhecê, ainda faço rir
Me fala que eu me sinto
a rainha de Sabá
Se entorpece, quando sem
querer, falo de algum
fato novo, ou isolado
E, então me pergunta da
poesia
Respondo:
_ Vai bem obrigada, é o
que me salva, onde mais
minto ...
Me compara a Fernando
Pessoa ou algo do gênero
Me diz da inteligência e
a destreza que possuo
Olho aquele rosto amigo
tão coveniente, para que
eu lembre dos meus pais
Choro e rio, falo manso e
brigo
Então diz-me deu a hora...
Senti tanto sua falta
Te espero ansiosa semana
que vem
Te adoro, um dia vamos rir
disso tudo
Acabamos rindo do momento
Afinal saindo dali somos
amigas demais
E, o que falamos fica nas
paredes, preso ,engaiolado
Parecem espectadores mudos
Por conta do Juramento de
Hipócrates
sulla fagundes
02-04-2013
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