CAMA ESTEIO
Vivendo a procura de um poema
perfeito
Perdeu-se o poeta, sonhador
Sem aceitação, recusado, por si
mesmo
Riscado do papel, pardo,universal
Sem saber entender muito bem qual
seria o rumo a tomar
Tomou um trago de coragem
Pediu perdão aos poetas iluminados
Seus versos parecem de areia
As sereias nas pedras, de antes
Viajaram de aeroplano cigano
E ficou ele, em profundo abismo
Vicissitude, fora de linha, obsoleto
Antiquado poeta, que de serenata vive
Roga a poesia, mais beleza ao luar
Mais estrelas urgentes, ao poeta demente
Sonhando com a poesia, esqueceu-se do amor
como semente
Se ao menos, uma musa saliente
Transbordasse seus olhos, em sua cama de
esteio
sulla fagundes
27-06-2013