quinta-feira, 27 de junho de 2013

CAMA ESTEIO

CAMA  ESTEIO

Vivendo a procura de um poema
perfeito
Perdeu-se o poeta, sonhador
Sem aceitação, recusado, por  si
mesmo
Riscado do papel, pardo,universal
Sem saber entender muito bem qual
seria o rumo a tomar
Tomou um trago de coragem
Pediu perdão aos poetas iluminados
Seus versos parecem de areia
As sereias nas pedras, de antes
Viajaram de aeroplano cigano
E ficou ele, em profundo abismo
Vicissitude,  fora de linha, obsoleto
Antiquado poeta, que de serenata vive
Roga a poesia, mais beleza ao luar
Mais estrelas urgentes, ao poeta demente
Sonhando com a poesia, esqueceu-se do amor
como semente
Se  ao menos, uma  musa saliente
Transbordasse seus olhos, em sua  cama de
esteio




sulla fagundes
27-06-2013