quarta-feira, 29 de maio de 2013

SALA DE ESTAR

SALA DE ESTAR

E se o amor, que já não sei o meu nome
chegasse
Eu  nem sei como o  chamaria, talvez de
para sempre ...
Sem identidade, me chamo apaixonada
Amedrontada, ao vê-lo chegar no trem de
partir
E,eu se retornar, de coração partido, no
chão alguns espinhos?
Aqueles espinhos  que acreditar me trará
A poeira  dos móveis a sufocar,  a tormenta
do final ali no canto da sala
Sentada a me esperar
É nessa  hora, que certamente iria chorar
Recordar as horas de amor, a fingir ser

Será a melhor forma  de manter-me  viva
Amar e chorar na sala de estar
As horas ao espelho a traja-me bela ...
Um perfume encomendado, coisas  que se faz
  somente para ser lembrada
E, somente por amar, quase sempre mais do
que permitiria a  razão
Deverei ao coração, mais acúmulos pulsantes

sulla fagundes
29-05-2013



COAXAR

ZUMBIDOS

Na penumbra de um sonho qualquer
O que era verde vira mal me quer
É somente olhar com contemplação
As aves e suas plumagens passam ...
Como juras feitas no correr das mãos
Dão a este resto, um codinome vida

O que antes ansiava o amor hoje ...
aprumado rancor
Ah! aos desesperados para amar !
Zumbidos de abelhas pensam ser soprar
de anjos
Almas tão, ricamente, vazias ...
O coaxar de qualquer  rã, têm mais
sentimento ...
Até onde a vista alcança, os finais nos
antecedem que o horizonte aponta

sulla fagundes
29-05-2013


Dj@ Poeta


Hoje  me  tiraram a paciência
sai do sério
Hoje como senti ontem ,não estou
adocicada
Não estou cândida estou bruta ...
Estou sem limite por estar quase
triste
Estou como um poeta sem verso
no guardanapo
Estou com uma  vontade, imensa,
de sair na chuva, molhar a alma
Ficar assim cheirando a maresia
daquele meu mar que me chama e chama
Dançando ao longe, como a cortejar-me
Mas goteja demais, a nossa revelia, a chuva
E meu vento, amigo, parece de mal comigo
Não pára de assoviar nas folhas das palmeiras
da casa ao lado

sulla fagundes


Publicado em 28/05/2013
EQUILIBRIO ENTRE FOLIA

Poderia ir a qualquer lugar
Onde o amor fosse pleno, simplesmente
Poderia ir nua á lua, despida á praia
Poderia ir a qualquer hora, nos momentos
meus
Ver o sol apaixonado em confidencias ...
Poderia ir a mais lugares onde se pudesse ser
fiel e surreal
Atiçar a imaginação, organizar meus versos
Eu poderia ser diversas
Trançar os pensamentos, amando a cada momento
Ganhar o amor, dimensões e fantasias
Amanhecer num lindo dia, demasia e ensejos
Ser mais bruxa que santa, ser semântica
Ser mais lírica que ardente, plantar a mais
rara semente
Ora livre, ora demente, ir-me sem deixar
sequer noticias
Poderia desintegrar-me por completo ...
Lavar as calçadas da razão e partir, sem nem
um verso como endereço
Poderia despedir-me, para todo o sempre ...
Poderia ser um final de canção, a cortina de
um, último, ato
Derradeira mulher a fazer poesia
Mais lírica que açoite
O punhal que atravessasse o poeta ...
A paixão, transbordante, gotas de suores do
poeta errante ....

sulla fagundes

 BLUES E DESEJO

venha viver  comigo...
eu gosto desse som de blues
Aquecido nesse  casaco azul
Maravilhoso seria estar sob
as estrelas
Caminhando nas estradas a
a procura de um trago
Que nos matem aquecidas (os)
Carregando nas  mãos o sax
Venha posso ser até teu homem
Na música que compus, usando meu
chapéu vermelho
Tenho nas pernas, meias arrastão
Cheia de furos como esta conversa
embriagada de desejos e blues
Venha viver comigo a banhar-se ...
entrelaçadas(os) em coisa  alguma
Venha comigo, viver comigo a troco
de aventura ou onde o blues nos eleve
Ninguém morre de amor, então  venha
Há ritmos nas ruas que vêm de casa
a gente sopra e não atina, há um
aperto ...que diz  vem
Pode ser que o vendaval, um qualquer
 venha
Minha querida, toda a gente  adormeceu,
então venha.. venha...
Então murmurarei, venha comigo

Ao acender das luzes, uma aqui, outra ali.
fale baixinho, sussurre
Eu nunca pedi,nada poderá calar a gente,
Minha querida, toda a gente adormeceu
Então deixe que te entre, devagar ...
venha comigo, venha viver comigo com
desejo e blues

sulla fagundes
28-05-2013