sábado, 27 de julho de 2013

Ambulante

Ambulante

Ouvia-se ao longe, disseram-me
Um mágico, um Deus, uma  força
Que tinha nas mãos, para dar
vender
Paciência, tolerância e doçura
E, eu cansada afinal eram longas
as estradas em tortuosos caminhos
Adormeci ao lado da lareira
Meus braços cansados, meus ombros
lanhados
O vento trouxera-me, um frangalho de gente
Os fragmentos de mim, exaustos
Me pus de pé, não sei bem como sai de encontro
 ao ambulante
Pedi lhe um punhado do que vendia
Nada mais havia, nada sobrara que  eu pudesse me
serbir
Sua venda esgotada, não tinha nem em estoque
Sua passada era única
Nem em previsão de chegar
Mas  ainda em sua mala haviam os brindes, que
ninguém quis
Ele. o ambulante deu a  mim  a "vergonha"
A vergonha de não possuir, doçura
A vergonha de explodir e me  envergonhar depois

sulla  fagundes