quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Era loucura minha gueixa
Sem queixas fazia motivos
Para me levar as festas
Sem motivo algum e submissa
Acalentava, alimentava minha ira

Era loucura minha gueixa
Entre mimos, lindos, fechava ainda
mais os olhos ...
Abria o que eu mais queria

Era seu dom ,maior, fingir-se minha
Meu  maior delírio
Meiga deitava-se a mesa a meu pedido
Me fazia as vontades mais tiranas ....

Era uma loucura minha gueixa
Pura que me enojava o fingimento ...
Gueixa tornara-se para mim ...
Era minha fantasia aquela pintura
Porcelana pura ... a mais impura daquelas
noites...

Era uma loucura
Sua falsa timidez por ser tão atriz
com tanto ciúme jamais a beijei

sulla fagundes


Não ha lugar  para poesia
Não se pode  desenhar na paz da lua
sem que nos aborreçam os versos
Não há lugar, certo, para a poesia calada

Não há paz onde se possa sonhar
sem que nos reconheçam sabe-se lá de
onde ...
ou nos  confundam em remelexos impuros
Nos calam, e, sumimos mudos aturdidos

Não há lugar para poesia ou pequenos trechos
aos quais, somente, nos leve a fazer o que nos
proponha os instintos

Os aprendizes da arte de escrita correm a todo
momento das aporrinhações  aparições que nos
fazem pisar na terra
somos da lua daquele vinhedo doce onde moram
as letras que formam os versos

Definitivamente não há lugar para poesia, absoluta,
seguir seu curso sem lesões inoportunas
Onde andariam as damas que apenas liam sobre o
amor sem falar demais e nela, a poesia, encontrar a
paz
Eu preciso de um retrato de mulher ilegível para supor,
tolamente, que somente me leia

sulla fagundes