sexta-feira, 12 de outubro de 2012


UM SAMBA CHAMADO MOÇO

Quando o samba passa dançando
quem saberia dizer se ele samba, ou
passa...
Quando enfeitado de sons, de vocais
Ou seria dom de fazer dançar?

Passando depois de composto
Quem não passaria cantando... ou
olhando-o  passar dançando ...
Estiloso tal moço, pode ser inigualável

Danado, doando risos aos aplausos
Castigando as mulatas a dança-lo, por
prazer de ve-lo passar ...
Bem marcado, passa marcando o tempo

Não pode ser mau, esse moço garboso
Bem dançado cruza as pernas das moças
Bem dosado, dividido, cantado por tantos
em alegorias ...e bares
Samba faz do meu peito,moço, dose única
de paixão



sulla fagundes
12-10-2012


Carta ao ouvidor

Nunca mais é tanto tempo perdido
Nada mais um bolero, cantado ao
mundo
Muito mais é tanto tempo  não sou
capaz
Não apraz, tamanha euforia, em zum
não daria

Gastar  um tempo, imenso,  tamanho
findo
Entre o jamais e o para sempre, tem o
escrito
Alegrias,  tristezas,  são fardos um do
outro
Em meio as fantasias  plantadas...
arrastadas  nesse bolero compassado

Tanto faz, melancólica, ousadia ...
Um papel usado, para fazer poesia
Sinto muito em finais, sinto menos ..
quando o ouvidor...
Parar de dançar conduzido,e, ler esses
escritos

sulla fagundes
11-10-2012

CARNAVAL

Era chuva fina era temporal
Era cerco bravo, que prendia
o bem o mal
Era morte rancor talvez imoral

Era um sonho velho para se  sonhar
Era em branco e preto o roseiral
Eram só  roupas secas num varal

Era calmaria, força, verso velho, a
lastimar
Era a loucura da lua num festival
Era o assassinato do poeta,velho ...
sambista
Era o inicio dos versos, brotando
Era carnaval

sulla fagundes
11-10-2012