segunda-feira, 3 de junho de 2013

Indescente gueixa

Que quero eu da vida
Ao percorrer dos meus
olhos
Que quero eu com o amor
Se de tanto amar me cansou
Que quero eu na chuva fina
Tirar o apalpar das sinas
Que quero eu na nascente das
águas
Se de gelo me fiz em cismas
Que quero eu ao colhar da uvas
Se do vinho, enfadonho,enjoado
me fiz
Que quero eu matar instantes
Minha chama exuberante
Que quero eu fazer da vida, poesia
Que me faça sentir o dolor
Ou versos recheado de rancores
Que quero eu entre tantas queixas
Ser mulher indescente  ou serena
gueixa

sulla fagundes
03-06-2013