sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Pousando na  flor  do acaso
Casualmente a flor acontece
Na poesia desenha-se
Abre-se em uma estação desejosa

No inverno seca, e, ao chão despetalada
Aduba os versos a sua espera
E, o poeta jardineiro, cuida que ressurja
em poesia para a próxima estação

No desenhar de cada poesia, nasce absoluta
É sempre flor a mulher amada, e, o homem amado
as trás nas mãos na conquista
Flor é chamada  num carinho, pelo caminho nas varandas

Nos jardins, da poesia, a flor colore ...
Cada tentativa de escrita a flor entre as pernas da
amada enlouquece ...
Emudeço mesmo na língua morta da escrita
A flor solitária me encanta mais que os ramalhetes
fartos
Flor é assim chamada na essência

No seu espinhar, ainda bela, altiva de caule maduro
É ainda a mais desejada ao murchar
Ela por  ser fêmea abre-se quando tocada, como a
música a retoca-la
Canção, flor e poesia, ainda falam mais de amor como
artifício de poeta,
Que a própria madrugada mesmo inundada de estrelas

sulla fagundes