terça-feira, 11 de setembro de 2012
ILUSÃO INSENSATA
Ilusão insensata
Deveria ser um trem cheio de tempo
Estação de medos
Nos pés descalços, nada de chão
Foi bom o trem, cheio de troços de amor
Era de acordar, em lugar de sonhar
Deu sol ,naquela madrugada de meio dia
Não restaram nem em si sem lugar
Era de passar rindo de chorar
Interior de ilusão cheio ruídos em pleno silêncio
Foi culpa das estrelas que dormiram cedo
Foi o sonhador em aplausos tesos
Era uma cena que se fez quando a cena se foi
Era de olhar e escarnecer
Um jardim, distraído, sem um espinho de flor
Foi cair da nuvem que passava entre vitrais
Era correr de boa fé quando caiu as cortinas
Cético sem religião
Eram todas as notas sem formar canção
sulla fagundes
Desfez o acontecido
Em pó faz-se a decadência
Face, ao espelho, duas lágrimas
Mais meia ruga de hora
Oscilante... inquietude
Mais uma camiseta ou zola ao
travesseiro, repousa
Sem jeito sumir se faz hora num sopro
Um nó desatado, era para não fugir do
costume, de sofrer
Era motivo de poeta
Risco que se faz em riscos, encantar-se
na poesia
Era para vir se ainda havia arte, se tinha
a meia voz, notas de canção
Se o poeta, devagar, ainda saberia escrever
ou desenhar
Fingindo o amor que escapa em gemidos
Sem ais, febris, adormece
sulla fagundes
menina
Venha, sempre, cantando
Brincando de me encantar ...
E me entender, eu finjo que acontece
Venha me dizer que "não foi nada"
Dizer que a lua mentiu
Que a poesia era linda ...
Dizer que não era frio, aquele dia quando
a madrugada calou
Que o vento, bobo,escondeu teus sapatos
Que perdeu as meias, entre gaveta
Que fugiu por medo
Fingiu coragem de dizer adeus
Por Deus! venha
Colocar minha vida na linha certa
Faça confusões entre meus vestidos
Certa dessa leitura ...
Venha depressa, levastes minhas calcinhas
na mochila,
Pense, se o vento ousado, trouxer a velho
namorado... venha não tenho mais apelações
venha...traça contigo, um vinho tinto
Foi tão linda tua estadia ...
Tenho mais poesia, guarda nos meus dias
Venha .. vamos andar falar nada, tudo
ou apenas venha ... estou parada na
estrada, com teu casaco
E, no meu abraço teu verdadeiro aconchego
Venha boa lembrança, chegue devagar e mais
cedo
sulla fagundes
LETRA DE CANÇÃO
Não adiantaria tanto?!
Seria efêmero ouro ...
Poderias ter visto os sinais
pontuados,silabicamente ...
Seria dedilhado como canções ...
Futura nuvem, negra, na alma
como tantas que atravessam ...
sussurrei quando olhavas a lua
Seria partida na chegada, partitura
orquestrada
Seria vinda aos pedaços...
Vinhedo... azedado ...
Momentos, belos, ao chão
Um amontoado de roupas suadas ...
Terreno fertil a coisa alguma,
enquanto pintei-te em poesia ...
A menina de mim em estranheza ...
Avisava-te de velas içadas acesas
A mulher de malas prontas,é meu nome
não há tempo, nem que houvesse...
Seriam disformes os momentos ...
Encarados ao espelho...
Corpos colados, apenas por colapsos
Sentadas, tendo a mudez como canção
Seria de emudecer ...
Costume de pecar, em lençóis
Vício ... gosto ...
Não custaria ...nada além de mágoas
Seria marcar o corpo com espinhos ...
Colhidos no caminho de duas rosas
sulla fagundes
Meu acaso
Não espante a poesia que a ti dedico
Me tome sem pressa
Tome em goles meus desejos
Entre tuas saliências deguste os meros
versos
Não espante a poesia na qual te esculpo
A cada toque, dedilho versos puros entre
as impurezas sussurradas entre tuas ancas
Minha natureza e sentidos são sexuais demais
Nas cordas do teu violão e,em pauta me tomas
Me cantas quando me ninas
Me tocas profundamente as canções compostas e ...
tão nua danço nos teus lençóis
Me aninho, calma, entre tuas coxas me deleito
nesse sabor inesperado
És tão minha, no teu compasso, quando assinas
tuas canções ...
Grito meu sol maior na tua estrada e notas
Nele me bronzeio, enquanto o mar me toma e
tu me .... engoles com cheiro da maresia
sulla fagundes
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