sexta-feira, 26 de outubro de 2012
BRASILEIRA
Uma mulher brasileira que pondera
Muito comum, despercebida, a muque
leva a vida...
Pirraçando, faz versos medianos ...
Conta nada a ninguém, boa de se ler ...
Sou poeta, rima livre me convém a raça
Tenho cá, minhas soluções, boa de bola,
de dança ...
Deito fama a desacatar quaisquer que me
imponha
Boa de jogo de briga, faço minhas liras
nas camas que deito
Que levem meu fubá, mas me deixem ciscar
Traço a poesia do lado esquerdo da vida ..
Meus rabiscos, assino sem susto, nem receio
Boa de batente, não falo quase, nada
Mas se desacato, como o dito da minha
terra, sou rapina rasteira ...
Nascida no forno daqui, não sou fulana de
ninguém
Sou baiana, que na calmaria, prima pela
raça ...
De sangue negro, nada em mim...escraviza
Deito fama por não fugir, com meu, belo, rabo
cobiçado
Entre minhas pernas, grossas, coloridas pelo
sol deste lugar
Se me deixa livre escrever de pé quebraço ...
me adoça a estranheza
sulla fagundes
Lamentar ....
Quando chegas de pés sujos
Evito falar, muda, calada, ainda
poderia esquecer
O perfume, diferente, nos teus
pelos
Lamentar ...
Poderia apenas te banhar, evitar
o tempo que aguardo...exata hora
Estrutura que apronto para o adeus
Lamentar...
Quando derrubas suores em linhos
encardidos ...
Sempre sobre a mesa o jantar, frio
dos teus atrasos, lamentados ...
Lamentar ...
As lágrimas as quais recolho a temperar
teu prato
Mato o dendezeiro lá fora, onde faço teu
predileto prato ...a colorir teus lábios
Lamentar ...
Quando de costas me vir, com meu feio
vestido ...
O lamento irá abraçar-te, nem o colorido
dos teus lábios terás ...
Mato com água, fervente em homeopáticas
doses .. o dendezeiro ...
O qual trouxe do outro lado do meu mundo
sulla fagundes
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