segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vermelho

Vermelho

Como a guerra travada
Bandeira da causa
Como coração, sonhador
Vermelho
Loucura, torpor?
Fome de justiça
Como o sangrado coração das desigualdades
Vermelho
Paixões das causas, em minha janela, passando
Vermelho
Como as fraudas dos filhos daquela Pátria
vermelho
Quem um dia não foi?
Nunca sonhou, nunca quis reagir?
Gemendo no calor das febres estudantis
Cólera de uma época, que se podia sonhar
em vermelho
bebes de um berçário de pais vermelhos
sonhadores...
Chupetas, camisetinhas, filhos dos desparecidos
Vermelhos
sangria desatando nas ruas, numa panfletagem
dominical
Sonhando vermelhamênte, nas madrugadas
Vermelho  fui, sou,  e sempre serei
De vermelho me banho, e jamais coloco nas costa de
cristo
Seria cômodo, minha  cruz pesada, meu punho serrado
Em mãos postas a rezar, por melhores  dias
Vermelho acredito e trabalho por isto

Vermelho - Sulla Fagundes