GAVETA
Eu guardo em mim
Um espaço vago
Um borrão desnecessário
Uma tarja escura
um tempo perdido ninando medos
Uma marca, um talho a sangrar
Sacrificios, vitórias e derrotas
Uma tatuagem mal feita
Uma mentira recitada
Duas pontas, um vago vão
Uma luta a enfrentar
Um país idealizado
Um momento de ressuscitação
Um dia o qual acordei e vi
Medos que escondi, coragem a
qual me sustenta
O vento que refresca imagens
em alguns porta retratos
Uma bandeira
A brisa do mar daqui de perto
A pedra, achatada, na qual me
sento,sonhando com o horizonte
Um grito preso, a ira contida
A saudade, viceral, dos meus pais
As. fartas. sonolências em sonhos
obsoletos
Um poeta, uma vara de condão
Paginas, marcadas, de um livro
Um diário esquecido
Sem poesia sonho, a qualquer som
ou pedaço de canção
Bruxo sem caldeirão, e no escrito
feitiços de paixão
sulla fagundes
23-03-2013