terça-feira, 14 de maio de 2013
Se eu fosse uma poesia
SE EU FOSSE UMA POESIA
Seu eu fosse uma poesia
Não bastaria para que um só poeta
tal façanha
Se eu fosse uma poesia
Seria longa como um conto extenso
rico em versetos febris
Versos mesclados
Teria meandros incontáveis
Inconfessável conto poético
Não poderia ser escrito
Teriam partes escondidas entre as linhas
apenas sutilmente pousado, no papel de
seda
Entre um pensamento e outro,por si só se
perderiam
À leveza dos pensamentos, caberiam a arte
peculiar das sensibilidades
Teria que ser escrita com sutileza
Seria de queimar o papel e secar a tinta
Seria escrever-me ,o mesmo que dançar
com a lua em suas fases
Os poetas líricos, me negariam certamente
Um conto, de cantos de fazer pecar,nas
pequenas frações de versos
Seria de fazer sonhar, se eu fosse uma
poesia
O prefácio, seria encomendado a um poeta
mais ousado
Seria um poema escondido da lua, paixão
de estrelas livres
Sugeriria um livro em volumes incontáveis
Esgotariam-se mais rápido, que os suores nos
lençóis dos amantes
Tão raro como diamante
Bruto como as pedras, preciosas, escondidas
no centro da terra
Bela como a natureza, em seu curso divino
sulla fagundes
14-05-2013
ENTRE BEIJOS
Outra face mais um sorriso
Uma crendice um indicio para
sonhar
Um ramalhete de cor diferente
A moda, mais um único modelo
Uma mulher mais sonhos e fome
Um encanto delicado em ,longas,
noites tempestuosas
Mais uma vez, assistindo a paixão
Despir-se vagarosamente mais um
contorno ...
Silêncios, tão familiares
Um sentimento a esconder, mais uma
dor
Mais motivos para esquecer
E, a vontade de provar mais uma vez
As noites vazias, entre cartas de amor
Mais uma vez o medo da dor, que nunca
se pode explicar
A razão do tentar, mais uma vez, se
apaixonar
E o amor, a bater á porta não se pode
evitar
E, mais canções a embalar os toques
dos corpos
O encontro das mãos, úmidas pela emoção
O rubor das faces, o luzir dos olhos
O coração em calafrios estomacais ...
É mais que hora de deixar-se levar,
Deixar emoção falar, colorir a vida
Corajosamente amar, com tudo que se pode
entregar
Viver mais uma poesia
Como se fora a única, a última, a rara a
mais bela delas
Mesmo que o proibido grite, não
Diremos, sim, entre beijos ,desesperados,
não(s) ....sussurrados
sulla fagundes
Este ainda não é o ponto
ESTE AINDA NÃO É O PONTO
Quisera saber do país, onde
eu possa reconhecer-me
Quisera saber do sonho, que
sonhei tanto
Quisera saber dos filhos dos
panfletos e cartilhas
Quisera saber da, velha, ânsia
ao vir as desigualdades
Onde estariam os discursos...
Presos nas gargantas?
Quisera saber, na verdade, se
não fora passado adiante
Ou vencido, queimado, juntamente
com os companheiros de antes
Quisera saber, apenas saber
Se te agonias comigo a escrever?
Ou os mendigos e os sem trabalho,
dependurados nos corre-mãos dos
hospitais públicos
Já te acostumastes a ver?
sulla fagundes
14-05-2013
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