segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lucio Dalla Chissa Se Lo Sai? Subtitulado em Português





Publicado em 30/10/2013

Chissa Se Lo Sai?



Eu as  vezes  me pergunto se você sabe



Eu vi você e neste momento

Não há dois olhos como os teus

tão negros tão solitários

que, se olhares para mim de novo e não os mover

até os meus se tornam belos

e compreender como tu ris

fingir que não entende, não quer problemas

mas eu juro que por essa boca

que se te olho fica vermelha,

morrerei

Mas quem sabe tu sabes

mas quem sabe tu saibas

Talvez tu não saibas

Não, tu não sabes

Assim, falamos de distâncias

e do céu, e para onde irá dormir a lua quando sai o sol

quem sabe como era a terra antes que houvesse amor

embaixo de qual estrela, daqui há mil anos, se houver

uma estrela,

poderemos nos abraçar

Então a noite com seu silêncio regular

o silêncio, que às vezes parece a morte,

Dá-me a coragem de falar e dizer calmamente



lhe dizer, finalmente ...

que eu te amo

E que eu nunca vou deixar de te amar

Então agora tu sabes, agora tu sabes...



Lúcio Dalla





Sulla Fagundes -poema- Espasmo - música -Toi qui manque à ma vie



Publicado em 08/11/2012
ESPASMOS

Conto meus espasmos 
Deliro, entre crendices 
Desfio meu baralho 
Conto meus riscos da alma

Choro até meu limite 
Lamento as horas magoadas 
Limpo meu resto, ou que sobra
Enquanto, e o quanto sobrevivo 

Levanto de mais um golpe 
Me perdoo, me confesso, arrebento
minhas ilusões 
Lavo minhas xícaras, sem pires 
Visto meu novo vestido ...
Inteira no tempo. cambaleio pelas
horas 
as quais me afligiram 

sula fagundes

Sulla Fagundes- poema- Tolo sonhador- música Tu sais je vais t'aimer-

Publicado em 17/11/2012

TOLOS SONHADOR

Como atravessar o tempo 
Atrever-se a traze-lo para O hoje
em mágica...
Não há como, nem razão.. ele passou
Tolo sonhador 

A casa ruíu, as armaduras, rígidas, 
enferrujaram ... foi adverso 
As chaves das portas estão ao acaso
As portas do tempo,cruel, emperrou 

Tolo sonhador 
Poeta não se casa, parte para outro poema
em seus dilemas
As marcas são tuas, as saudades são versos
em véia poética
Tolo de ti, ao tempo, nem o carece perdoar ...
Se lhe touxe presentes, acabou, foi com ele

Sortilégios teus,canta em tua poesia, em teus
versos ...e contos
Teu fastiu, o que te sobra, então tolo, vá a
esmo, compondo em prosas e canções 
Nada de culpar-se ou a outrem, 
Tampouco ao tempo que não cansa...tão viçoso

Ao tempo cabe o deus, sem qualquer culpa 
Sonhador, tolo, não brigue com o tempo ele
cria viço
Viciado em passar, lhe rouba o hoje, olhe da
janela
Enquanto ele passa a rir-se de quem sonha
em histórias de ninar, antigamentes...

sulla fagundes

Sulla Fagundes poema - Ilha dos versos



Publicado em 19/07/2012

ILHA DOS VERSOS 

Reside o poeta em devaneios 
Nas madrugadas, cada estrela o encanta 
Um mar de emoções 
Entre as ondas molha os pés a beira mar 

Assiste as sereias, encantamento delirante 
Poeta 
E sua nudez total, quase imoral a compor
suas crueldades 

Entre versos que embrulham as emoções...
Se desfaz em orgasmos enquanto a natureza
o assiste 
Tão só e... tão somente acompanhado pela arte
de desnudar a poesia...
Desfalece 

Poeta
Salvação da arte, imortaliza a mais bela delas,
a sagrada poesia
Eterna arte inacabada 
Já grisalha as têmporas, o tempo, que passa 

Acomoda-se na varanda do pálacio onde a cabana
se transforma ...
Transborda-se quase que ao relento, o talento 
que o traz cativo, algemado a rir-se como tolo ou
louco ...
Poeta que é tudo que inventa, nas suas auroras
na sua ilha, 
Quando pensa falar de si mesmo

sulla fagundes

Passarinho...

Passarinho...

Canta passarinho
Canta uma canção de lembrar-me
Canta a saída da porta de entrada
Canta passarinho
Canta um jeito macio de não esquecer
Canta a esponja que seca meu sofrer
Canta para me fazer adormecer
Canta a mais bela moldura, traga uma
imagem
Para que em teu cantar eu possa pensar
Que no curso das águas eu não me perdi
Canta nas estradas que passei assim
quem sabe
Eu ao ouvi-lo cantar em minhas noturnas
agonias
Amenize com teu cantar, a estrada e quem
sabe o caminho de voltar

sula fagundes

Serpente

Serpente

Por onde andaram alguns pensamentos 
Sonhos que não se acorda. A corda que
os enforcou
A forca, que com força os matou na bainha
Onde dormiam as serpentes 
Serpentes entre os seios da pátria amada
Por onde andou o pensamento em seu
dia de bandeira? 
A bandeira que não mais importava ...
Expurgando seus filhos nas noites frias 
Sem saber onde os cabiam,e em que idioma
matariam sua fome e sede ...
Em que braços de repouso ou repudio 
Passou magros dias sem lirismos ...

sula fagundes

Talvez

Talvez eu tivesse sido o amor
Talvez o aceno de partida
O sorriso de chegada, a mala
desfeita
O lençol suado, o perfume guardado
Talvez eu tivesse sido imitação...
Talvez eu seja tão esquerda
Que não haja sapatos que me queiram
servir

Sula Fagundes


Liras nuas

Eu gosto dos poemas descascados
Que leva quem os lê a esquentar-se
Faz arder queimar os desertos
Faz suar os corpos a zero grau
Em suas insolências faz a mais cálida
pele, rubra
Eu gosto dos poetas desnudos
Que ao desnudarem-se, leva o leitor
Mudo aos leitos de seda pura, em liras
nuas

sula fagundes