sábado, 2 de fevereiro de 2013

Sulla


Sulla


Gosto

Desses que nunca se provou
Que de tanto supor sente-se
até o odor
Gosto
De gestos sem nome, um sentir
sem predicados
Antes  nunca o  tivesse sonhado

Gosto
Ensurdecedor, de sonho acordado
Realidade, atordoante, como  um
sol escaldante
Nem um toque trocado
Apenas o gosto, de uma saudade do
que não se teve, e jamais teria
Gosto de lágrima choro de poeta
Faz gosto, em algarismos, conta-las

Gosto
Fazer do poeta,  tolo  de amor ...
Melhor ter  o  gosto de vê-lo desabar
Equacionando sua raiz em um gráficos
cifrados
O gosto pelas  incógnitas exatas ...
E o tolo  terror  de  amar um poeta,
que sonha sem  medos
Nu  nas estrelas, exposto sem pre-
-conceitos
Ele é poeta, por  gosto e  sina ... é
inexato

sulla fagundes

02-02-2013