sexta-feira, 12 de abril de 2013


Me faça acreditar entre
soluços
Diga coisas que eu ouça
de bruços
Me fale ao ouvido junto
ao travesseiro
Que sempre fui um devaneio
um sonho jamais passageiro
Um amor com poesia, um perfume
brejeiro
sulla fagundes

12-04-2013


Com muito amor a você Te amo muito


MEU DESEJO

Desejo teu amor
Teu coração, caro
Teu caminhar em mim
Teu percorrer em minhas
estradas
Desejo teu estar em tudo
que acredito
Desejo o que trazes nas
mãos alvas
Desejo o teus olhos, mãos
a percorrer-me com afeto
Desejo teu olhar que grita
Desejos que jamais tive
Desejo teu desejar, aquecido,
dentro da cuia de mate

sulla fagundes
12-04-2013


HUMANOS

Eu soube que ninguém
é dono de nada
Somos donos das saudades
Do, vago, lugar das perdas
Da cadeira, vazia, ao lado
Da cama solitária
Do coração partido e dores
infindas
Não somos donos de nada ...
Somos proprietários das rugas
e das insonias

sulla fagundes
06-04-2013



TE AMO

Não há nada mais triste, que o
  amor implorado
Mendigado, manipulado
Não há nada mais indecente
Que o arrastar das horas em
espera,imposta numa voz maternal

Não há nada mais cruel que
a impugnação maniquilada
Por um amor que castra, tira
a identidade ou parte dela
Não há nada mais aprisionador

Que esquecer o que se é, em prol
de uns poucos momentos, chamado
espera
Não há nada mais pobre, que um amor
falido
Fadado ao descaso incolor, do seu ser
sumindo, exalando ...
Não há nada mais revoltante, que ver
ser humilhante, se arrastar dizendo:
_ Te amo


Não há nada mais engraçado
Que colocar o medo, a solidão e a
fraqueza nas mãos  do outro
E, ainda denomina-lo  paixão ...
O amor acolhe, aceita, protege
Enquanto se pode desenha-lo entre
castrações, não passa nem perto de
ser amor
É medo ou pavor da escuridão, sem a
mão amiga, rabugenta, do ditador
Não hã nada, a não ser cheiro do perfume
 que ela usava

sulla fagundes

03-04-2013