terça-feira, 2 de abril de 2013


COMICHÃO

É abril, abriu-se o céu
em estiagens
Não é tempo de poesia os
versos, escondidos na névoa,
desobedecem as emoções

É abril em todo céu de poeta
Dormi eu, em ti
Dormiram todo poeta, que se preze
As estrelas fugiram das janelas
E, as mãos, róseas, estão entre
as luvas

É ... é abril dormiu a comichão,
que assola o poeta, foi-se no mês
passado
Há um deserto habitado
Poesia, guardada, para o fim de
abril

sulla fagundes

01-04-2013


BRASITALIA

Não me condenes ao silêncio
Nem me jogue ao mar a deriva
Não julgue, ouça ...
Tente ao menos sentir

O sorriso que tive
O choro sentido nos lenços
e contos
Estes que te conto ao
telefone

Telegrama em versetos sutis
Sinta o vento a tentar
inventar-me
Recorrer a madrugada e sua
magia encantada e sentimentos

Te quero tanto e, nem ao
menos, um poema encantado te
 posso ofertar, agora
Minha lira teu vinhedo duas
taças
Uma ciranda de poesias
È dia daquele sarau a soprar
Teu vestido, azul, passado
junto ao meu sobre a cama
Faz sol aqui, ao fim do
dia...
Recolho-me mais cedo
E, a noite teus beijos
me embriagam, em poesia, de
saudades

sulla fagundes

30-03-2013