Se tu quisesses até poderias entender
Se tu olhasses pela janela, verias o quanto
a vida passa .. atravessa sem pressa
Se tu mais uma vez observasses, verias o
quanto te amei em meus instantes...
Quantas manhãs olhei pra ti dormindo, entre
acordados versos, te desenhava o sotaque rouco
Se tu sentisses o imenso abismo que tive, e,
quantos potes enchi de lagrimas, por tua perda
Tu te lembrarias, com certeza, do ladrão que te
levou de mim...
Quisera te fazer sentir os fatos em fotos, aqueles
que me mataram calada
Muda nem te culpei, orgulhosa nem cobrei
Se tu quisesses ah! se tu apenas tentasses
Verias que não sou de plástico tampouco gesso, borracha
Saberias, que um dia como fantoches, fomos
manuseios de espertos, que há mais ainda hoje, apostos
Que não houve intervalos que me fizesse não lembra-los
lembra-los sim ... como dor aguda
Que fosses feliz
Te ouço dizer da tua história e eu calada pergunto
a mim:
Quem sofreu?
Eu respondo, eu ,sim enquanto não perdeu-se um
só instante em fases perdi eu de mim .. sem alma
Ainda me abismo em lembrar, que meu abismo ...
ainda me assombra
És um verso guardado em minhas gavetas
És meu acerto aquele exato que de mim foi roubado
e... como lua ainda fico nua prum poeta ou cantante para
que sintas num instante, apenas num deles, os anos os quais
sofri sem saber de ti ...
sulla fagundes