quarta-feira, 2 de maio de 2012

Espinhais




Espinhos  constantes
A machucar o lamento
Entre lamurias espinhadas
Rasam -se os  olhos d'alma
Coroam se os amantes

As mágoas, espinhando mais
corações
haveria não amar, para   não
espinhar-se nas rosas

Hão de amanhecer mais  dias
apaixonados
A inverter a poesia  de amor
em fissuras,  espinhadas

Passando entre as linhas, as
quais  escrevo
Daria  eu, nome    aos   meus
espirais  espinhados
Ou me  calo,   dentre a mais bela
delas

A espinhada poesia

sulla fagundes

Me deixe


Ser  tua   poesia   tua  chegada
Teu ponto de partida
Teu único porto,  a tua paz  sonhada
Ser  tua  amada

Me  deixe
Encantar teu dia,  agasalhar tuas  noites,
Me  deixe  chegar com tudo que tenho, é
tão pouco o que trago, não ocupa muito
espaço
Um baú de  sonhos....
Um pote repleto de mágoas

Me  deixe
lavar a alma,que seja por ti a razão   dos
meus versos
Me deixe compor teus dias  como uma
poesia  ...
Aquela que  todo poeta sonha  ... não a
que inventa

Me  deixe
Ficar  nos teus  sentidos, calar aos teus
ouvidos o que trago guardado,   que  se
faça em sussurros, a canção que  sonhas,
Falar mais  com os olhos aqueles, que
brilham  ao te ver  que te poe a tremer  ....

Me deixe
Ficar mais  nua  ... desnudar os meus
meandros, como estrelas a desvendar
cada madrugada

Me deixa ficar
Não me ponha sentada, assustada ....
Me afague os cabelos, diga da doçura, as
quais,
amadurecestes a minha espera só para
me presentear
Me deixe  ficar  mais perto  que  hoje  mais
perto  que  nunca  ....  me deixe  ficar

sulla fagundes