sentimento
No azul do céu, andava a menina
Como a jogar amarelinha
E, cantarolando com as mãos postas
Dançando de brincar escondido
Ao piano, o maestro apaixonado dedilhava
a mais bela canção
A menina de saia e tamanco, enlaçada nos
pensamentos que o matava
Como a ser futura musa, morena, de poeta
Corria ligeira nas estradas do pensar
O maestro, tolo, como menino olhava suas
tranças no balançar do vento tirano
Ela tão menina, entre o bem sonhar
Emitia em seus passos, de criança, a cólera
que o matava
Um amor preso na idade, avantajada, das notas
A menina brincou com a hora de nascer
o maestro de vanguarda, nascera tão antes do tempo
O som da música no tempo ,destemperado
Matara o amor na nascente da correnteza
A cova, aberta, do maestro no passo da menina, que
olhava e não via tanto amor
Somente gostava de ouvir a música, inocente, pairando
no ar
Tão bela melodia, aquela que do piano saia
10-07-2013