quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ao piano

Corria  a orquestra sem  razão e com tanto
sentimento
No azul  do céu, andava a menina
Como a jogar amarelinha
E, cantarolando com as mãos postas
Dançando de brincar escondido
Ao piano, o maestro apaixonado dedilhava
a mais bela canção
A menina  de saia e tamanco, enlaçada nos
pensamentos que o matava
Como a ser futura musa, morena, de poeta
Corria  ligeira nas estradas do pensar
O maestro, tolo, como menino olhava suas
tranças  no balançar do  vento tirano
Ela  tão menina, entre o bem sonhar
Emitia em seus passos, de criança, a cólera
que o matava
Um amor preso na idade, avantajada, das notas
A menina  brincou  com a  hora de nascer
o maestro de vanguarda,  nascera tão  antes do tempo
O som da música no tempo ,destemperado
Matara o amor na nascente da correnteza
A cova, aberta, do maestro no passo da menina, que
 olhava e não via tanto amor
Somente  gostava de ouvir a  música,  inocente, pairando
 no ar
 Tão bela  melodia, aquela  que   do  piano  saia

10-07-2013

Eu admiro o ser humano

Eu admiro o ser humano

Corajoso, talentoso, feroz voraz
Livre, artista na corda bamba
ou firme
Eu admiro a coragem em tudo,que de
verdade possua
Eu admiro quem mostra a cara
Quem não bobeia na linha da bala
Admiro quem não se abala
Admiro quem ainda sonha e acredita
Acredita sem gigante e se empenha
Admiro quem se arrisca com medo
E vai avante, com coragem ou quase morto
de tremores
Admiro a verdade inteira, entre línguas
soltas
Eu detesto os concordinos e seus plantões
intermináveis
Odeio promessas, falhas, no roer das cordas
Odeio quem não se arrisca
E ficam nas varandas, nas sacadas, vendo o
 mundo
emoldurado
Odeio quem se agarra nas barras das saias
nas batinas santas
No paleto dos pastores de almas
Para não se envolver em coisa alguma ...
Eu odeio quem se esconde em frente a luz

sulla fagundes

ESTE AINDA NÃO É O PONTO

ESTE AINDA NÃO É O PONTO

Quisera saber do país, onde
eu possa reconhecer-me
Quisera saber do sonho, que
sonhei tanto
Quisera saber dos filhos dos
panfletos e cartilhas
Quisera saber da, velha, ânsia
ao vir as desigualdades
Onde estariam os discursos...
Presos nas gargantas?
Quisera saber, na verdade, se
não fora passado adiante
Ou vencido, queimado, juntamente
com os companheiros de antes
Quisera saber, apenas saber
Se te agonias comigo a escrever?
Ou os mendigos e os sem trabalho,
dependurados nos corre-mãos dos
hospitais públicos
Já te acostumastes a ver?

sulla fagundes
14-05-2013


QUESTO ANCORA NON E 'IL PUNTO

Voleva conoscere il paese in cui
Io mi riconosco
Voleva conoscere il sogno, che
sognato così
Voleva sapere i figli di
opuscoli e libretti
Vorrei sapere di vecchio, desiderio
venire alle disuguaglianze
Dove erano i discorsi ...
Intrappolato nei canyon?
Volevo sapere, infatti, se
non è stato trasmesso
O picchiati, bruciati insieme
con il collega prima di
Volevo sapere, solo sapendo
Se si agonie che scriva?
O mendicanti e disoccupati,
appeso nelle mani di piste
ospedali pubblici
Già acostumastes vedi?

Sulla Fagundes
14.05.2013





I muscoli del capitano.AVI





I muscoli del capitano

Olhe para os músculos do capitão
Tudo de plástico e metano
vê-lo no meio da noite, que é
a quantidade de sangue estava em suas veias.
O capitão nunca ter medo
direto no convés, fumando um cachimbo,
nesta madrugada fria e escura,
que parece um pouco como 'a vida.
E, em seguida, o capitão, se ele quer
que você zarpar de suas calças
e joga nas ondas e as chamadas fortes
quando ela quer alguma coisa,
  há sempre aquele que responde.
Mas o capitão Eu queria dizer
, mas não há no mar uma mulher branca
tão grande, à luz das estrelas
para olhar que não se cansa.
Este navio é de dois mil nós,
no meio de gelo tropical
e tem um motor de um milhão de cavalos
que, em vez de cascos têm asas.
O navio é um relâmpago, torpedo, fusível,
beleza cintilante, fósforo e fantasia,
as moléculas de pistão de aço, raiva
blitzkrieg e poesia.
Nesta noite eléctrico e rápido
neste cruzamento do século XX,
o futuro é uma bala de canhão ligado
e estamos quase chegando.
E o capitão disse ao grumete:
 "Jovem, eu não vejo nada.
Há apenas um pouco de neblina,
 que anuncia o sol.
Prossigamos em paz.

Francesco De Gregori

Teatro Valle Occupato - Fiorella Mannoia - Mio fratello che guardi il mondo


( Ivano Fossati)


Meu irmão, que olha para o mundo
e o mundo não se parece com você
meu irmão, que olha para o céu
e o céu não olhou para você.

Se há uma estrada no fundo do mar
, mais cedo ou mais tarde vamos descobrir
se não há caminho para o coração de outro
, mais cedo ou mais tarde, vamos traçar.

Nasci e trabalhou em todos os países
e defendeu com dificuldade minha dignidade
I nasceu e morreu em cada país
e eu andei todas as ruas em todo o mundo que você vê.

Meu irmão, que olha para o mundo
e o mundo não é como você,
meu irmão, que olha para o céu
eo céu não olhou para você.

Se há uma estrada no fundo do mar
 mais cedo ou mais tarde vamos descobrir
se não há nenhuma estrada no coração dos outros
 mais cedo ou mais tarde, vamos traçar.

( Ivano Fossati)