quarta-feira, 4 de julho de 2012
Sulla Fagundes - poema- Mulher
Publicado em 03/07/2012 por Sulla fagundes
MULHER
Uma via... um caminho
elo... acesso
Especial mulher, simbolo da reparação ponto
de encontro da canção
Essa mulher, incansável mulher
Intrigante, escreve nem sempre o que sente, não cabe
na poesia, é toda ela em versos ... tão prosa...
um tormento
Tão longe, tão total imortal onde passa ...
Uma saudade, um encanto a paz a ruina
O suor na surdina
A canção mais ladina, o verso mais torto
Esgrima
Intranquila saliência ... incansável tradução
Emergênte na poesia, mulher madrugada, danada
Mulher insana, insensata ... capaz de dedilhar
o sonho rebuscar pesadelos, sonhar em desmazelos
Rebolativa, filha de mulato baiano, poeta violeiro
Mulher ventania cheia de manias ...
Mulher que se farta desalinhada senhora gargalhada
Desejo latente, indolente dengo sonhado, paladar apurado
Se doa espalmada, odor de femea costumeira
Desce a ladeira donzela olhe pela janela ...
com bem mais de meio século de estrada,na mochila sonhos
formosos, desce suas escadas, a cada degrau um remelexo,
cheiro de xamego
E, garante estar saciada qual nada, lá se vai a formosa
dar vazão ao desejo
No seu bamboleio cigano, corre ao som das sanfona, mais
uma hora de dano
desce do salto, levanta as saias ao vento, a proposito do
espio
Lava as coxas ao mar, guloso, o horizonte abre a madrugada
E... ela balança, para que o poeta dance, fora da linha os versos
Ela, a poesia daquele dia remexa ...
Sulla Fagundes
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