domingo, 26 de janeiro de 2014

Meu caminhar

Meu caminhar 

Se o modo de seguir dobrasse
a esquina, de modo reto
E se a paciência desacelerasse
A maneira do tempo correr mais lento
Se as estrelas do mar brilhassem
no céu 
A madrugada passasse na palma de minha
mão
Lindos sonetos de encantar a amada...
Deixaria mil cartas de amor, em respostas



E eu, temendo, tremendo de febre por amor
e paixão 
Que não era de ser minha, me dizia a lua
descrente ...
Sem estrelas, acreditar seria o ato mais nobre
sobre o véu
Véu que era o mais caro e raro espetáculo
Amar sem a menor faísca de esperança

Maneira de acordar poeta torturando seu sentir
Sentimento é o que veste e despe seu corpo
Partindo na partitura qualquer canção que pudesse
compor
Deus! gritei eu ,bebendo todo vinho 
Secando as taças da adega entre as saias
Eu amando mais que eu pudesse supor suportar
Deitei-me nas camelas fundas, a tentar lavar levar
de mim
Torturado desalento
Varrer tal desconforto, com tal desgosto pensei...
Confesso, por muitas vezes, desligar-me da vida 
Mudar-me para o mundo onde nasce, cresce e vive a
poesia 

sula fagundes

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