Sapatilhas
Colorir meu mundo, contornar os riscos
Desenhar minha história, juntar alguns
pedaços
Procurar meus remendos, no baleiro de costuras
Curar minhas feridas, que sangram demais
Me achar em algum vilarejo do mundo
Acertar os ponteiros, do relógio da praça
Encontrar o velho palhaço, que encerava meus
espetáculos
Deixe a poeira baixar no sótão, meu coração
gritar
Me permita chorar tudo, que eu tenha trancado
Não quero dividir pesos, de uma vida inteira
Há uma teia, armada, no canto da sala
Algumas pétala, de flores secas ao lado do
do velho vaso
Um cansaço, constante, nas paredes da casa
Uma garrafa de vinho, uma só taça
Um amigo de seis cordas, um pinho o pandeiro
marcando os compassos
Cabelos grisalhos nas têmporas e, ao lado ,a
certeza de estar plenamente vazia
Um coração insistente, em mante-se vivo
Um grito sórdido entalando, um brado
Tantos pesadelos inconcientes, sonhos em branco
e preto
Um porta retratos solitário, ao lado de ninguém
Uma canção pairando, como como torturar o que
pretendo esquecer
um mundo emoldurado, vejo nas vidraças ao cair da
chuva
Lugar sagrado, entre os relâmpagos e a ventania
Moram as sapatilhas onde voo com as gaivotas
como eterna bailarina
sulla fagundes
Nenhum comentário:
Postar um comentário