domingo, 14 de outubro de 2012


POETA ERRANTE

Passando pela  janela do acaso
Tomando  um último porre
Caindo junto com os planos...
Juntando, os cacos que sobram
dos sonhos

Passando na roleta, de volta
Um bilhete no bolso ,um lenço sem
aceno
Um vão no abismo, lágrima quente
na face

Um motivo para um poema triste
O tempo marcando mais a face
Mais um erro, uma ruga
Sem apelos, no fundo da alma a dor
latente ...
Sobre a mesa, um copo de  vinho azedo

Um adeus dito, o final decretado
Um último, tímido, abraço... a alma saindo
do corpo
O poeta mais uma  vez  tropeça nas linhas
Eterno errante ... apenas sente emoções
não as lê claramente
Claro são as estrelas a persegui-lo,entre
 as madrugadas

sulla fagundes

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