segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Lençóis de outono

Lençóis de outono

Devo dizer que não perdi
Não perdi,  nem tempo
Não foi  bom nem raro
Caro? não, foi barato  demais
Licor  de amargo de jamais
Um perfume perdido, suado
Engano poético em versos como
esses
Versos baratos para alguém que
não valorizou a simplicidade
Nada disse, apenas fechei a porta
dos fundos
Nas mãos uma  flor, no peito nada
ressecado
Um desejo, profano, de queimar os
lençóis de outono
E o tempo, nem a este foi engano


sulla  fagundes

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