sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Amar sozinho

Amar  sozinho

Não te amo assim cegamente
Te amo contemplando a alma
Te amo o que veste e despe
Sem escolha de hora ,no mundo
mudo, sem tempo
É quando mais te amo
Com a vil esperança que me
alcança e  esmorece
Te amo, e, amaria  com a força
do mesmo amor, que mereces
E mesmo que chegue  quem sabe
 a morte
Diria que te amo a face, que
sem saber, me completa
Não seria eu poeta, se soubesse
o inferno de  amar sozinho
Moendo os  descaminhos e como
burburinho
Arrancando os espinhos da mais
bela  flor
Aquela clausura do poeta, que
entorpecido, declama que ama
Te amo em versos sem rimas, sou
eu ainda, que em um simples poema
me  derramo e me  detenho

sulla  fagundes

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