segunda-feira, 6 de maio de 2013


ESPAÇOS VADIOS

Meu mundo, inteiro, era  como uma
 estrada antiga ...
Nele, estamos de mãos dadas com
 o destino
Eu  procurava em tantas vias
e alamedas
Uma voz que me chamava,  como
um sussurro constante
Aturdida,entre poemas e versos
Sentia, pulsante, meus dias tão
vazios
Meu mundo ecoava uma ausência ...
Eu,ausente de mim, entre enganos, perdida
Ouvia, um chamado antigo
Insistente, insinuante ao longe ...


O chamado, que tanto eu sonhava acordada
Clamados á poesia, surda, em tantas
madrugadas perdidas
Perguntei a cada estrela, espalhadas nas
cintiladas noites
Daquelas que enfeitam o céu de poeta
De onde viriam meus versos,sonolenta e sem
 resposta adormecia
Um dia que parecia chuvoso, meio choroso

Olhei o tempo passando, e junto a chuva
Alguns pintos, constantes, traduzidos pela
ventania


Pareciam tons de partituras dedilhadas entre
cordas de um piano de caldas
Ou violino, afinado, de alguém repleto de mim
Era meu mundo vazio, sem remorsos, deitado
ao meu lado
Chamado você, que ocuparia meus vãos
E, espaços tão, tristemente, vadios

sulla fagundes

01-05-2013


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