sábado, 3 de novembro de 2012

AFOGADA DE CEDE


Afogada de sede

Cedo .. sem letras
não formei as orações
Meio nebulada, encabulada
me omiti
Me desencontrando, nem disse
a que vinha ... meio tonta ...

Não era medo, nem falsidade ...
era somente, ausência de clareza
Era uma rima errada introspectiva
me pus contra a parede, inexpressiva

Escapei pela tangente .. num vai e vem
num facho de luz .... ou raio lampejado
antecipando meus estrondos
Me encontrei ... numa poesia guardada
prostituída por mim ... me ergui entre
mãos estranhas

Me apertei, sem palavras, gritei ...
te amo, querendo dizer nem sei se te quero
Meu amor, eterno, nem me pertence, mas o ...
tatuei, eternamente ...enquanto respirar
Enquanto a vida caminha, o tempo transborda,
Meus versos que me clamaram, como neon,
falo minha paixão guardada nos meus cantos

Estamos aqui dentro de nós ... perdidos
na neblina ... Não me fale de amor, não me
peça,
 Meu amor não pertence nem a mim ...
Ele, o meu  amor, não me obedece, foi dado
como presente ,e, presente não se pega de volta
em via de retornos, presente se esquece
Paradoxo, coisa de poeta

A lua nem veio .. troquei lagrimas .. ao
 ao sol...amanhecendo chuvoso, como a esquecer-se
 esconder-se, triste, decepcionado de mim
Me polui nas censuras as quais, a mim, dediquei
Achei meu canto de sonhar ... já despida deitei-me
na lua ingrata
Me derramei em orgasmos .. sem culpas a corteja-la
alguns versos chorados, confessados
Versos apressados...enquanto me vestia, sob
olhos...
gulosos... dela a madrugada

sulla fagundes

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